Uma colega minha tem os filhos a viver nos EUA e por ocasião de aniversários e natal costumavam enviar encomendas. Uma das últimas, ainda antes de 1 de Julho, voltou para os EUA.
A minha colega recebeu o aviso da alfândega com aqueles pedidos estapafúrdios e para além destes pedidos serem sem sentido por se tratar de uma oferta, o mais estúpido de tudo é que um dia ou dois depois de ter recebido o aviso, recebeu outro a dizer que a encomenda tinha sido devolvida. Ou seja, nem sequer teve tempo de arranjar o que era necessário. E mais, isto depois de ter falado com alguém por telefone e que lhe disse que estava tudo bem…
A partir de então tem enviado as encomendas por transportadoras. É bem mais caro mas chegam lá em 2 dias.
Eu comprava quase tudo o que era para postcrossing no Aliexpress, postais, autocolantes, fitas … não voltei a comprar desde julho. No entanto a minha irmã mandou vir uma t-shirt e eu fartei-me de a avisar que ia correr mal até porque ja tinha lido verdadeiros filmes nos grupos do Facebook, chegou-lhe a casa sem qualquer problema como se tivesse sido enviada de Portugal! Não se percebe.
Para compensar a semana passada fizeram-me um postal em fanicos, vá lá não tinha apanhado o ID, ainda bem que o remetente tinha feito o upload para eu poder ver como era.
Eu nem sequer consegui um número de telefone, foi uma das reclamações que fiz e a resposta foi a chapa 3 do link para o site… Ainda disseram que o prazo tinha sido prolongado 10 dias mas a resposta veio depois do prazo que vinha na carta por isso desisti, já me tinha irritado que chegue. E nunca me deram cavaco, o que fizeram com os artigos.
Mas sim, também recebi as cartas com apenas 2 dias antes do prazo, andei a correr a tentar fazer as coisas, para nada.
Por acaso o que me estão a enviar não é nada pessoal e posso ter esta atitude mas no dia que seja algo importante tiro meio dia de férias (que aquilo fica no cu de Judas) e vou lá pessoalmente, e escrevo no livro de reclamações.
Um aditamento, que não posso divulgar mais: a situação já está reportada deste problema em Portugal, aparentemente não está a acontecer noutros países depois de 1 Julho por isso, pode ser que alguém trate de responsabilizar os CTT e o Estado Português.
A treta que “foram vendidos aos chineses”, agora é tudo mau, coitadinhos, é tudo mentira: Estrutura Acionista
Entretanto, reclamem, encham o site deles com reclamações e no livro de reclamações online…
O processo foi feito em cima dos joelhos e atribuído a uma empresa burocrática e acima de tudo sem meios humanos para cumprir a tarefa.
Isto só lá vai quando o estado fizer um reset e começar tudo de novo.
O AliExpress cobra o IVA do país de destino (na EU) no momento to checkout. Pelo menos aconteceu-me isso recentemente, mas pode depender do vendedor no AliExpress.
Ou seja, se o IVA for pago na venda, não deve haver problemas com Alfândega. Claro, poucas lojas online oferecem isso porque implica eles depois fazerem isso chegar ao estado a que corresponde o IVA.
E hoje, pela primeira vez recebi um aviso para desalfandegar uma encomenda que não é uma encomenda.
Então aqueles F*$#&"* não consideraram uma carta com 60 gr que é um envelope com postais de um RR como sendo uma encomenda comercial e com um custo de quase 4 €, só porque vem de um user do Reino Unido. É apenas e somente estúpido. Cheira-me que a experiência Postcrossing vai começar a reduzir imenso para o meu lado, especialmente no que concerne aos jogos aqui no Fórum.
A regra também se aplica às transportadoras, mas tipicamente o que acontece nesses casos é que a transportadora cobra (nos custos de envio) as taxas de Alfândega que irão ser pedidas e por isso já não tem que parar quando passa por lá.
Eu tenho andado a investigar sobre isto e há uma excepção na lei: se o envio for entre dois particulares e for uma oferta de valor inferior a 45EUR, não deve ser cobrado o IVA. Poderá talvez ser cobrado uma taxa de desalfandegamento pelos CTT que penso que são 2€ para particulares, mas não o IVA.
O que eu não sei é como declarar isso (envio não comercial entre particulares) com o interface actual dos CTT para o desalfandegamento. Como os problemas que temos tido é a receber como empresa, essa excepção não se aplica a nós.
O que nos está a acontecer é que por vezes postcrossers vêm um artigo num jornal sobre o Postcrossing e decidem enviar-nos um exemplar por correio. Quando vão enviar, são encorajados a colocar um valor qualquer no que estão a enviar desde que não seja zero. Ora, não só o Postcrossing tem que pagar 23% sobre esse valor (mesmo não havendo qualquer valor comercial para nós e não termos realizado nenhuma compra), temos também que pagar 23% sobre o custo que a pessoa teve ao enviar para nós (ie, pagar IVA sobre um valor que não foi pago por nós).
A lógica de como isto está montado é para quem faz compras online e tem que pagar IVA sobre o artigo assim como o envio (chato, mas não discuto essa parte). Mas e quando a pessoa não pagou o envio do que recebeu? E quando é entre dois particulares até 45EUR, como fazer uso da excepção prevista na lei?
Alguém que esteja neste momento no processo de desalfandegamento de algo entre dois particulares, com valor inferior a 45EUR, que possa confirmar se há forma no interface dos CTT de não ser cobrado o IVA? @ogait Consegues ver isso?
Eu já apresentei formalmente queixa contra isto e a resposta foi… link para a página do desalfandegamento.
Não respondi porque foi já no Verão e não tenho/tive tempo para me chatear mais com aquilo, desisti até virem tempos melhores.
Anteontem por acaso falei nos Restauradores sobre isto e a resposta foi… a culpa é das Finanças. E eu insisti, mas o site que não tem em lado nenhum a opção que o artigo é uma oferta é vosso. Fiquei sem resposta.
Essa situação está contemplada, já verifiquei alguns casos, mas atenção que não é para todo o tipo de mercadoria e o destinatário não pode ser o “Postcrossing” como pessoa coletiva. O objeto (e respetivo pré aviso aduaneiro feito pelo expedidor) tem que indicar como destinatário uma pessoa individual.
@paulo, na plataforma não deixa avançar (ou pelo menos eu não consegui) sem lançar o valor da “mercadoria”. Vem classificado como Comercial, pelo que eu coloquei como sendo Não Comercial e identifiquei que a encomenda tinha o valor de 1 cêntimo.
Sinceramente paguei 3 euros e qualquer coisa, que correspondia 2 € + IVA para os CTT e 80 e tal cêntimos de taxas de Alfândega + IVA.
Por ser relativo a um RR, que não fazia sentido o membro perder ou os postais ou dinheiro em enviar para outro membro novamente, e pelo valor que era, paguei e dei andamento ao processo embora tenha-lhes chamado milhentos nomes e ainda pensei fazer reclamação, mas do que vale não é (basta-se ver os preços a aumentar e nós a nada poder fazer). Mas já sai de todos os RR que tenha grupos por envelope, assim como pretendo colocar no perfil oficial que não aceito postais em envelope (fora da UE) por efetivamente poderem ser retidos na Alfândega e eu não voltar a pagar taxas alfandegárias para receber correspondência de um membro Postcrosing.
@Luziaceleste efetivamente poderá estar a causar-nos, problemas não, mas custos que podem ser bastante elevados e/ou até mesmo ao retorno do pacote para o remetente.
É o lindo serviço postal / aduaneiro que nós possuimos atualmente. Só temos a agradecer às nódoas que governam o nosso país.
Alguém que tenha tido a experiência oposta, isto é, recebido algo mais que um postal/carta vindo de fora da EU, que tenha chegado após 1 de Julho — e que não tenha tido sido pedido para pagar taxas/IVA?
No AliExpress pagas o IVA (Português) directamente na venda, logo não deve levantar qualquer problema. Para compras online, este sistema em que o vendedor remete o IVA faz sentido e até simplifica.
O que me preocupa é quando isto atrapalha envios que não comerciais (de valor <45EUR) — que são frequentes entre postcrossers — e para os quais não parece haver forma de fazer uso da excepção que está prevista na lei. Ou pelo menos não é claro como o fazer e as pessoas acabam por pagar quando não deviam o que desincentiva o uso de correio (para trocas entre particulares).
